Rua do meu hotel em Conceição do Araguaia
Sai de Belém com 25 graus e peguei 13 em Brasília. Em Tocantins fui cozinhado em 37 graus em bafo quente. De noite, partindo de Palmas, a temperatura já estava em bons 21 graus, brandura térmica que nos acompanhou até o destino final.
Orla, na frente do hotel
No dia 23 de junho a audiência começou com uma hora de atraso e terminou por volta das dez da manhã. Tive o tempo justo para sacar um dinheirinho no Banco, almoçar, voltar para o hotel para arrumar a mala e sair pela cidade para fazer umas fotos – bonitas fotos, diga-se de passagem. Duas e meia da tarde estava pronto e arrumado, sentado na frente do hotel lendo meu livro, esperando a van que me levaria de volta a Palmas.
Três da tarde, recomeço: atravessar o Araguaia, passar por Couto de Magalhães, Pequizeiro, Colméia, Guaraí, BR-153 e Palmas, chegando umas dez da noite. O hotel em que dormiria estava lotado - assim como estavam outros cinco hotéis para os quais liguei (erro meu, não fiz reservas). Acabei no meio da rua, 11 da noite, andando com a mala pela capital do Tocantins, a busca por um hotel pequenino que, segundo me disse um taxista, teria vagas.
Barraca na beira da água
“Temos somente um quarto, sem ar condicionado. 35 reais a diária”. Normalmente eu recusaria a oferta, mas não era o caso ali. Aceitei sem nem pestanejar o quarto simples mas justo que me foi dado. Sai para comer uma besteira qualquer em barraca de sanduiches lá perto. Voltei ao quarto por volta de meia noite para deitar e dormir – acordaria às 4 da manhã para mais uma rodada de vôos. De manhã, Brasília novamente. Mais três horas de espera e o embarque para Belém por volta de 10 horas.
Uma da tarde, Belém - o sol de meio dia que me recebeu de forma branda, até. No fim contabilizei 57 horas de viagem quase contínua, 5.012 quilômetros percorridos por três Estados da Federação e temperaturas diversas.
Barracas de sol, de frente para o Araguaia
E não pensem que estou reclamando. Não senhor. Mesmo que cansativas, adoro essas viagens que me possibilitam conhecer os “interiores” e saber como são as coisas. Não gosto de ser mais um entocado em seu birou, alheio à realidade de tudo, o conhecedor das coisas pela Tv, jornais e revistas.
6 comentários:
Pow, te admiro, mas não te invejo.
Viagem a serviço?! Sei...
Já havia visto fotos e ouvido falar deste lugar...lindo mesmo...
W
Rapaz, advogado sofre...
Mas confesso que não entendi, de acordo com o roteiro que postaste, onde exatamente se inseriu o momento dessas fotos praianas. Desse jeito, vou ter que me somar ao Wagner e começar a desconfiar...
Queridos,
Acreditem: foi uma viagem de trabalho. Mas sempre tento tirar o melhor de tudo, inclusive de viagens pelo Banco.
Que absurdo essa odisséia pra chegar em um lugar no próprio Estado. Por essas e outras que entendo perfeitamente porque eles querem se separar...
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