sexta-feira, 25 de junho de 2010

Minha Odisséia

Foi uma Odisséia: acordei às 4 da manhã do dia 22 de junho para pegar um avião com destino a Brasília. Cheguei em Brasília por volta de 8 da manhã e esperei até meio dia pelo vôo para Palmas. Cheguei em Palmas por volta de 1 da tarde e tive que esperar uma van até as 18 horas. Peguei a van pela BR-153, dobrei em Guaraí e peguei a TO-336 passando por Colméia, Pequizeiro e Couto de Magalhães, todas em Tocantins. Atravessei o Rio Araguaia e cheguei de volta ao Pará, Conceição do Araguaia, uma da manhã do dia 23 de junho. Teria uma audiência às oito da manhã do mesmo dia 23, pouco menos de seis horas de sono.

Rua do meu hotel em Conceição do Araguaia

Sai de Belém com 25 graus e peguei 13 em Brasília. Em Tocantins fui cozinhado em 37 graus em bafo quente. De noite, partindo de Palmas, a temperatura já estava em bons 21 graus, brandura térmica que nos acompanhou até o destino final.

Orla, na frente do hotel

No dia 23 de junho a audiência começou com uma hora de atraso e terminou por volta das dez da manhã. Tive o tempo justo para sacar um dinheirinho no Banco, almoçar, voltar para o hotel para arrumar a mala e sair pela cidade para fazer umas fotos – bonitas fotos, diga-se de passagem. Duas e meia da tarde estava pronto e arrumado, sentado na frente do hotel lendo meu livro, esperando a van que me levaria de volta a Palmas.

Vista da ilha para onde eu iria

Três da tarde, recomeço: atravessar o Araguaia, passar por Couto de Magalhães, Pequizeiro, Colméia, Guaraí, BR-153 e Palmas, chegando umas dez da noite. O hotel em que dormiria estava lotado - assim como estavam outros cinco hotéis para os quais liguei (erro meu, não fiz reservas). Acabei no meio da rua, 11 da noite, andando com a mala pela capital do Tocantins, a busca por um hotel pequenino que, segundo me disse um taxista, teria vagas.

Barraca na beira da água

Temos somente um quarto, sem ar condicionado. 35 reais a diária”. Normalmente eu recusaria a oferta, mas não era o caso ali. Aceitei sem nem pestanejar o quarto simples mas justo que me foi dado. Sai para comer uma besteira qualquer em barraca de sanduiches lá perto. Voltei ao quarto por volta de meia noite para deitar e dormir – acordaria às 4 da manhã para mais uma rodada de vôos. De manhã, Brasília novamente. Mais três horas de espera e o embarque para Belém por volta de 10 horas.

Vista da barraca, chegando no barco

Uma da tarde, Belém - o sol de meio dia que me recebeu de forma branda, até. No fim contabilizei 57 horas de viagem quase contínua, 5.012 quilômetros percorridos por três Estados da Federação e temperaturas diversas.

Barracas de sol, de frente para o Araguaia

E não pensem que estou reclamando. Não senhor. Mesmo que cansativas, adoro essas viagens que me possibilitam conhecer os “interiores” e saber como são as coisas. Não gosto de ser mais um entocado em seu birou, alheio à realidade de tudo, o conhecedor das coisas pela Tv, jornais e revistas.

Vista de tudo, de longe
E digo mais: visitem Conceição do Araguaia. Visitem! Para tentar convencê-los posto algumas fotos do local, uma ilha de paz no meio do rio que dá sobrenome à cidade. A próxima será em agosto, mais fotos que farei e mais lugares que conhecerei.

6 comentários:

André Batista disse...

Pow, te admiro, mas não te invejo.

Belenâmbulo disse...

Viagem a serviço?! Sei...

Anônimo disse...

Já havia visto fotos e ouvido falar deste lugar...lindo mesmo...

W

Yúdice Andrade disse...

Rapaz, advogado sofre...
Mas confesso que não entendi, de acordo com o roteiro que postaste, onde exatamente se inseriu o momento dessas fotos praianas. Desse jeito, vou ter que me somar ao Wagner e começar a desconfiar...

Tanto disse...

Queridos,

Acreditem: foi uma viagem de trabalho. Mas sempre tento tirar o melhor de tudo, inclusive de viagens pelo Banco.

Luiza Montenegro Duarte disse...

Que absurdo essa odisséia pra chegar em um lugar no próprio Estado. Por essas e outras que entendo perfeitamente porque eles querem se separar...