segunda-feira, 9 de maio de 2011

Para Iphone

Para quem curte Iphones e seu acessórios, aqui vão umas dicas imperdíveis publicadas pelo portal Terra (dica do Carlos Sampaio).
Este alto-falante para iPhone 4 é do tipo analógico, ou seja, ele não precisa de eletricidade para funcionar. O dispositivo tem um funcionamento similar ao do gramofone: ele apenas amplifica várias vezes o som que é produzido pelo próprio celular.

O Amphibx é uma braçadeira que transforma o seu iPhone ou iPod Touch em um dispositivo à prova d'água. O acessório suporta até 12 m de profundidade, conta com uma tela que facilita o controle do iPhone, traz entradas para fones de ouvido e flutua sobre a água.

Este dock para iPhone se conecta ao celular através do Bluetooth. Ele permite que o usuário atenda as ligações através do fone ou pelo alto-falante embutido que, segundo o fabricante, provê uma qualidade de som superior à do próprio iPhone.

Faixa ajuda o usuário a prender o celular na perna.

O iGrill é um conjunto de hardware e software que ajuda o usuário a monitorar a temperatura da carne que está assando. O termômetro é capaz de informar qual o estágio em que a refeição se encontra, além de agir como um timer.

O Lego iPhone Case é uma capa protetora para iPhone 4 que tem a parte traseira compatível com os famosos blocos de montar da marca Lego. O case permite que o usuário libere sua imaginação e crie as mais diversas estruturas, usando o acessório como base.

Além de ser um case para iPhone 3G, este acessório também serve como adaptador para lentes externas e intercambiáveis. Mas toda essa sofisticação e design têm um preço salgado. São US$ 200 apenas pelo protetor do celular e mais o custo de cada lente, que varia entre US$ 20 e US$ 60.

As Dots Gloves são luvas especiais desenvolvidas para que os usuários de aparelhos com tela sensível ao toque possam utilizar seus celulares mesmo em ambientes frios, onde tirar as luvas não é uma opção agradável.

Compatível com qualquer modelo do iPhone e do iPod, esse suporte de papel higiênico funciona como caixa de som.

A fabricante Griffin revelou recentemente um case para iPhone e iPod Touch que foi desenvolvido pensando especificamente nas crianças. Ele é semelhante a um bicho de pelúcia, com seis braços e um bolso para o dispositivo no centro.

O ThinkGeek TK-421 é um case para iPhone 3GS e 4 que adiciona uma teclado QWERTY físico ao celular. O dispositivo fica escondido na parte traseira do aparelho e é rotacional.

Adicionar um teclado de notebook ao iPhone não parece má ideia, mas o acessório ocupa dez vezes mais espaço do que o smartphone.

O Trumpet Analogue iPhone Speaker é um alto-falante analógico para o iPhone. Além do seu visual completamente inusitado e cheio de personalidade, o Trumpet Speaker não utiliza nenhum tipo de energia ou dispositivo elétrico. A não ser, é claro, o próprio celular.

O iFan é um dispositivo que utiliza uma pequena hélice e um dínamo para captar a energia do vento e transformá-la em energia elétrica, que é usada para carregar a bateria do iPhone. Entretanto, o tempo estimado para uma recarga total é de seis horas.

domingo, 8 de maio de 2011

Quanta dificuldade


O cara termina o segundo grau e não tem vontade de fazer uma faculdade.  O pai, meio mão de ferro, dá um apertão: 
- Ah, não quer estudar? Bem... perfeito! Como não mantenho vadio dentro de casa, vais trabalhar!
O velho, que tem muitos amigos influentes, fala com um deles, que fala com outro, até que consegue audiência com um político que foi seu colega na época de colégio: 
- Rodriguez, meu amigo... Tu te lembras do meu filho? Pois é! Terminou o segundo grau e anda meio à toa, não quer estudar... Será que tu não consegues nada pro rapaz, só para que ele não fique em casa vagabundeando? 
Depois de três dias, Rodriguez liga:
- Zé, já tenho o emprego pro teu filho! Ele vai ser Assessor na Comissão de Saúde do Congresso, salário de R$ 9.000,00 por mês, prá começar. 
- Tu estás louco! O guri recém terminou o colégio. Se começar ganhando essa fábula não vai mais querer estudar. Consegue um salário mais baixo... 
Dois dias depois, Rodrigues liga novamente:
- Zé! Arranjei uma nova colocação pro teu filho: vai ser secretário de um deputado amigo meu, salário modesto, uns R$ 5.000,00. Tá bom assim? 
- Não, Rodriguez! Preciso de algo com um salário menor. Eu quero que o guri tenha vontade de estudar depois... Me consegue outra coisa, por favor. 
- Olha, Zé... a única coisa que posso conseguir é um carguinho de ajudante de arquivo, alguma coisa de informática, mas aí o salário é uma merreca, uns R$ 2.800,00 por mês...
- Rodriguez, ainda acho muito. Eu estava pensando em alguma coisa por volta de 500, 600 reais. 
- Bem, mas aí é impossível...
- Mas por que???
- Porque esses salários são reservados para concurso público para professor ou médico. E aí já viu, né? Precisa de curso superior, de mestrado, doutorado... Complica arranjar um emprego destes pro teu menino.
[RISOS]

Chicória

A notícia é antiga, data de 30 de março de 2011, mas decidi colocá-la no blog mesmo assim. Sem qualquer viés religioso, ou algo parecido, é perfeita ilustração de que não se deve reclamar da vida por nada (o que parece ser característica usual do ser humano). A matéria, na verdade, é basicamente o relato de vida de Karina Aparecida Chicória, 27 anos, que ficou tetraplégica aos 14 anos, após levar uma facada na nuca que atingiu a coluna cervical. Segundo informações da Folha, Karina viveu por 13 anos no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e era considerada a mais antiga moradora da instituição. Leia o relato:
"Faltava quatro meses para meu aniversário de 15 anos. Me lembro bem da data de quando tudo aconteceu, 13 anos atrás. Estava na casa de uma amiga, que cuidava de uma bocada de drogas.
Outra colega, a Cirley, que queria visitar o namorado na cadeia, me pediu para ficar no lugar dela. Em troca, me daria R$ 80.
Eu aceitei. Eu tinha 14 anos, era uma época que eu estava meio revoltada, com más companhias. Nunca havia experimentado droga, só maconha, nem vendido.
Ela me deu 28 papelotes de cocaína. Vendi um deles, mas depois percebi que havia perdido um.
Tive então uma ideia. Sabia que as meninas abriam os papelotes, pegavam um pouco de cada e refaziam um outro para vender e ganhar dinheiro. Pensei em fazer isso para repor a perda.
Estava terminando [o serviço] quando chegou o dono da droga. Ele ficou furioso com a Cirley e ela, brava comigo porque perdeu o emprego. Eu estava encostada no portão quando senti um negócio passar no meu pescoço. Era ela [a Cirley], que veio por trás e me deu uma facada na nuca. Antes de cair, eu a vi com a faca.

A NOTÍCIA
Minha cirurgia durou oito horas. Depois, foram 18 dias em coma e seis meses no CTI. No dia seguinte [à cirurgia], acordei com minha mãe me chamando. Eu me lembrava de tudo. Só xingava e queria me vingar da menina.
Três meses depois veio a notícia. A médica veio e disse que eu ia ficar tetraplégica. Perguntei: "o que é isso?"
Ela disse que eu perdi os movimentos do pescoço para baixo e que ficaria dependente de um respirador. Eu perguntei até quando. Ela respondeu: "Até quando Deus quiser".
Só chorava. Era conversar comigo que eu chorava. Foi assim uns quatro meses.
Até que o médico me deu uma bronca. "Já te expliquei várias vezes o que você tem e não é para você ficar chorando. Essa é a última vez que você vai chorar." E não chorei mais, só quando ficava muito triste.
VIDA NO HOSPITAL
Fiz muitos amigos aqui. É uma segunda família. E muita gente já aposentou.
Voltei a estudar --parei na 3ª série. Agora, já conclui o ensino fundamental. Também aprendi a pintar com a boca. Fiz oito quadros.
A internet me ajuda também. Tenho Orkut, MSN.
Converso com os pacientes novos, com os acompanhantes. Até o cantor Belo, meu ídolo, já veio me visitar.
SUICÍDIO
Há dois anos, entrei numa depressão feia, até tentei me matar. Tentei tirar o respirador à noite, mexendo o pescoço. Só que não consegui.
Acho que Deus falou: "Vou dar um susto nela, para ela acordar pra vida." Porque no outro dia, estava dormindo e o respirador saiu sozinho, sem eu querer.
Quando as enfermeiras chegaram, estava perdendo a consciência. Pedi perdão a Deus, vi que não queria morrer, eu queria viver.
CASA
Hoje [dia 29 de março de 2011] me despedi dos meus amigos do hospital [Ela voltou para casa no dia seguinte, 30 de março].
Planejei como seria a festa de despedida: as fotos projetadas em um telão, a música de fundo. Teve até convite.
Eu não via a hora de ir para casa. Tudo graças ao respirador que o Estado enviou, à ajuda do pessoal do HC e também porque minha mãe poderá ficar comigo.
SONHO
Quero continuar estudando, terminar o ensino médio. No começo, queria fazer enfermagem. Agora estou pensando em jornalismo, porque no hospital criei um jornal mural. Meu desejo era ir para casa. E esse é o primeiro sonho que estou realizando."