Ananindeua, 28 de junho de 2006.
Foi pensando na chuva que a mãe lhes comprou os presentes. Eram dois guarda-chuvas iguais em feiura, para evitar brigas! Sem atinar, ela chegou em casa fazendo festa, crente de que os filhos ficariam igualmente alegres. Presentes distribuídos, o dia seguiu até que a tarde foi chegando e, com ela, a saída quase que diária, caminhada curta pela Presidente Vargas entre o Edifício Gualo e as Lojas Americanas para a compra das pequenas necessidades da casa.
Para não decepcionar a mãe, os filhos se paramentaram dos guarda-chuvas, não sem antes camuflar o sentimento de vergonha. O mais novo era o mais relutante, no que foi prontamente subjugado pelo mais velho, esse mais ciente dos sentimentos da mãe. E atados pelos braços, iam guiados pela mãe e pela avó que lhes levavam totalmente sem vontade pelos corredores e gôndolas da loja. E iam bem bonitinhos, com os penduricalhos nos braços, tal qual dois rapazes feitos.
Compras feitas, rápida passagem pelo caixa, ganharam a rua e voltavam para casa quando a avó, sempre de guarda alta, bate com os olhos nos braços do neto mais novo e, assustada com o que vê, sussurra... “Lilá! Olha!”.
Guiada pelo olhar inquieto e galhofento da avó, a mãe prontamente vê o que interessava ver e, parando no meio da rua, pergunta: “Meu filho, cadê seu guarda-chuva novinho?”
No braço do menino mais novo, no lugar onde deveria estar o presente recém ganhado, pousava um guarda-chuva destes transparentes, recheados de doces e bombons, que sempre eram encontrados nas seções que vendiam bobagens. Diante da pergunta, como se nada estivesse acontecendo, o menino se vira para a mãe e responde: “Olhe mamãe! Eu não gostei muito daquele guarda-chuva que a senhora me deu, então troquei por essa lá na loja, que acho bem melhor”.
Como ainda estavam perto das Lojas Americanas e a paranóia decorrente do furto fez a mãe ver seguranças correndo atrás do pequeno bandido, muito mais não foi dito e trataram de empreender rápida fuga em direção ao apartamento, refúgio seguro, nada mais restando a não ser regrar a comilança dos bombons escambiados.
Foi pensando na chuva que a mãe lhes comprou os presentes. Eram dois guarda-chuvas iguais em feiura, para evitar brigas! Sem atinar, ela chegou em casa fazendo festa, crente de que os filhos ficariam igualmente alegres. Presentes distribuídos, o dia seguiu até que a tarde foi chegando e, com ela, a saída quase que diária, caminhada curta pela Presidente Vargas entre o Edifício Gualo e as Lojas Americanas para a compra das pequenas necessidades da casa.
Para não decepcionar a mãe, os filhos se paramentaram dos guarda-chuvas, não sem antes camuflar o sentimento de vergonha. O mais novo era o mais relutante, no que foi prontamente subjugado pelo mais velho, esse mais ciente dos sentimentos da mãe. E atados pelos braços, iam guiados pela mãe e pela avó que lhes levavam totalmente sem vontade pelos corredores e gôndolas da loja. E iam bem bonitinhos, com os penduricalhos nos braços, tal qual dois rapazes feitos.
Compras feitas, rápida passagem pelo caixa, ganharam a rua e voltavam para casa quando a avó, sempre de guarda alta, bate com os olhos nos braços do neto mais novo e, assustada com o que vê, sussurra... “Lilá! Olha!”.
Guiada pelo olhar inquieto e galhofento da avó, a mãe prontamente vê o que interessava ver e, parando no meio da rua, pergunta: “Meu filho, cadê seu guarda-chuva novinho?”
No braço do menino mais novo, no lugar onde deveria estar o presente recém ganhado, pousava um guarda-chuva destes transparentes, recheados de doces e bombons, que sempre eram encontrados nas seções que vendiam bobagens. Diante da pergunta, como se nada estivesse acontecendo, o menino se vira para a mãe e responde: “Olhe mamãe! Eu não gostei muito daquele guarda-chuva que a senhora me deu, então troquei por essa lá na loja, que acho bem melhor”.
Como ainda estavam perto das Lojas Americanas e a paranóia decorrente do furto fez a mãe ver seguranças correndo atrás do pequeno bandido, muito mais não foi dito e trataram de empreender rápida fuga em direção ao apartamento, refúgio seguro, nada mais restando a não ser regrar a comilança dos bombons escambiados.
6 comentários:
Excelente texto. Blog bem legal o seu.
Ana
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Massa a história... e q feio kkkkkkkkkk
Wagner
Nandinho, se você lançar um livro com essas memórias infantis eu o comprarei na hora. Tô adorando a saga. Um beijo, querido.
Queria ter uma ideia de como era o guarda-chuva! kkkkkk
Loanda! Eu não lembro direito, mas tinham a estampa cafona destas bugigangas chinesas, acho! Com certeza o Digo não se lembra, já que tratou logo de trocar...hahahahaha
Ana! Muito obrigado pelo comentário.
Elis! Não penso em lançar um livro com as memórias, mas te convido para tomar um cafe em Mosqueiro e passar a tarde conversando sobre elas. Topas?
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