Altamira, 21/10/2009, quarta-feira.
Mais seis horas de estrada e volto a Altamira. Desta vez conseguimos um ônibus grande, terrivelmente velho e sujo, mas com ar-condicionado, espaço e janelas lacradas. Chegando, depois de rápida ida ao hotel para largar as malas, ganho as ruas da cidade para, gentilmente, conhecê-la. Uma primeira parada na agência e descubro a história contada e jurada por todos: nascida sob a proteção de antiqüíssimo quartel do exército, que fica no cume de um morro próximo, Altamira deveria seu nome à mira alta que os soldados dispunham – alta mira! Se é verdade, não sei. Mas é tão jurada por todos que já passou a ser.
Pelo pouco tempo que tenho, opto por ir direto à orla da cidade, de onde tenho uma vista privilegiada da floresta e do Xingu, de águas bem diferentes do que aquelas que conheço. As águas do meu mundo são barrentas e revoltas, como as de Mosqueiro, e em Altamira vejo um rio de águas claras e calmas, rio que percorre diversos caminhos e acaba sempre se pondo novamente na minha frente. A balsa de Belo Monte, por exemplo, flutua no Xingu, e os rios que a Estrada cruza, são sempre seus braços.
Como o rio, a cidade é calma. E se do rio a cidade surge, pelo rio ela se resume. E se da orla não consigo ver o por-do-sol, por conta de questão puramente geográfica, não tem problema! Seria concorrência mais do que desleal se à beleza do Xingu, emoldurado pela mata, vista que me deixa calado e vidrado por minutos, ainda se juntasse o sol a se por.
E com esse texto ponho fim ao que escrevi durante minha ida a Pacaja. Se não tenho máquina para registrar com imagens o que vi, tive mãos para escrever o que vivi, e as imagens permanecerão. E no fim, de volta a Belém, com tudo bem corrido e bem passado.
Mais seis horas de estrada e volto a Altamira. Desta vez conseguimos um ônibus grande, terrivelmente velho e sujo, mas com ar-condicionado, espaço e janelas lacradas. Chegando, depois de rápida ida ao hotel para largar as malas, ganho as ruas da cidade para, gentilmente, conhecê-la. Uma primeira parada na agência e descubro a história contada e jurada por todos: nascida sob a proteção de antiqüíssimo quartel do exército, que fica no cume de um morro próximo, Altamira deveria seu nome à mira alta que os soldados dispunham – alta mira! Se é verdade, não sei. Mas é tão jurada por todos que já passou a ser.
Pelo pouco tempo que tenho, opto por ir direto à orla da cidade, de onde tenho uma vista privilegiada da floresta e do Xingu, de águas bem diferentes do que aquelas que conheço. As águas do meu mundo são barrentas e revoltas, como as de Mosqueiro, e em Altamira vejo um rio de águas claras e calmas, rio que percorre diversos caminhos e acaba sempre se pondo novamente na minha frente. A balsa de Belo Monte, por exemplo, flutua no Xingu, e os rios que a Estrada cruza, são sempre seus braços.
Como o rio, a cidade é calma. E se do rio a cidade surge, pelo rio ela se resume. E se da orla não consigo ver o por-do-sol, por conta de questão puramente geográfica, não tem problema! Seria concorrência mais do que desleal se à beleza do Xingu, emoldurado pela mata, vista que me deixa calado e vidrado por minutos, ainda se juntasse o sol a se por.
E com esse texto ponho fim ao que escrevi durante minha ida a Pacaja. Se não tenho máquina para registrar com imagens o que vi, tive mãos para escrever o que vivi, e as imagens permanecerão. E no fim, de volta a Belém, com tudo bem corrido e bem passado.
4 comentários:
Cara, espero que te enviem em breve para outros lugares assim...pitorescos.
Contudo, pense quando for as próximas férias, heim heim heim?
Saca essa cena, imagina se essa não pode ser a música do começo da voyage , saca a letra, imagina as 3 ou 4 lambretas, todos com o fone a ouvi-la:
http://www.youtube.com/watch?v=1xIOSxEya9E&feature=channel
" ...Le vent de Paris me caresse
Je suis en vie, je suis heureux..."
Fala sério,fala sério kkkkkkkkkkk
Caraca cara... Fala sério, fala sério...
Le vent de Paris me caresse... Putz! Da França toda, pode ser?
Planos mil, hiper avançados!
"(...)ganho as ruas da cidade para, gentilmente, conhecê-la(...)"
A tua cara, Tanto! Bom, não registraste com imagens, mas ganhaste muito mais...E nós também!
Se até tuas férias (eeeeee!) não te mandarem para outros lugares, pelos menos depois virão mais e mais histórias!!
Ah, essa música é ótima para começar a trilha sonora da voyage. Boa, Wagnerrr rsrs.
Beijos.
Adorei o texto, tens vocação. Tarde amanhã leio mais.
Amei
Ana
Postar um comentário