terça-feira, 26 de outubro de 2010

Na minha rua

A minha rua é daquelas antigas, onde passa o fruteiro gritando as frutas da estação e o peixeiro oferecendo sempre os mesmos peixes - pescada e gó. A minha rua também tem seu louco, uma senhora coitada que todo dia se posta sob a mangueira e briga solitária com muros e portões (eu a chamo de Dona Quixote - ela vê moinhos e enxerga gigantes). E hoje chegou quem faltava, o bêbado. Ele veio como quem não quer nada, cantando músicas carregadas de dor e amargura, fez um verdadeiro espetáculo de afinação, passou e foi embora.

2 comentários:

Anônimo disse...

Como sempre, textos lindos. Gostaria de voltar mais aqui, mas...

Tanto disse...

Mas...?