sábado, 11 de setembro de 2010

11/9

Minha mãe sempre diz que todos lembram o que faziam quando souberam da morte do Kennedy. Meu pai Netuno, por exemplo, lembra que estava cortado os cabelos.
No dia 11/9 eu estava no carro com minha mãe Amarilis, cruzando a Cidade Velha, tentando chegar ao forum para mais um dia de estágio. No carro nós ouvíamos alguma rádio que informou, primeiramente, que um avião de pequeno porte havia se chocado com as Torres. 
Assustados, ainda ficamos esperando por novas notícias que não vieram naquele momento. Ela partiu e eu subi para o trabalho. Somente depois, já no cartório, foram chegando os boatos assustadores e inacreditáveis de que o mundo havia mudado. Imediatamente eu desci, fugido, e me sentei na lanchonete do prédio para assistir às notícias absurdas que a tevê mostrava. 
Lembro exatamente de cada passo meu naquele dia. Da mesma forma que pessoas mais velhas devem lembrar do seu dia em que Kennedy morreu.

6 comentários:

Claudia disse...

Eu estava em casa (na época morava em Mosqueiro) e vi a notícia pela TV e o segundo choque ao vivo. Fiquei eu em choque.
Depois de um tempo, me lembrei que as filhas estavam prestes a voltar da escola e não tinha feito o almoço.
Fui ao mercado da Vila pra comprar um peixe, acreditando que todos estariam comentando sobre o ocorrido nas ruas. Nada. Tudo na normalidade mosqueirense...
Quando cheguei ao mercado, com o peixeiro, desabafei, disse que talvez estivesse começando a Terceira Guerra Mundial, etc.
O peixeiro me respondeu com uma frase lapidar: "Ah... essas coisas não chegam aqui não!"
Sim, o mundo pode ter mudado, mas Mosqueiro não!

Maick Costa disse...

Eu também lembro de todos os detalhes daquele fatídico dia. Estávamos, minha irmã e eu (o burro vem na frente), aguardando nosso pai para nos "resgatar" do colégio (estudávamos no Gentil Bittencourt) e irmos para nossa "housedência".

No momento em que entrei no carro meu pai me disse: "jogaram um avião no Pentágono". Eu simplesmente não acreditei, arregalei os olhos como quem se depara com algo extremamente assustador e inacreditável ou até sobrehumano pois eu, na minha inocência, tinha a imagem daquele centro de inteligência e defesa norte-americano como o lugar mais seguro do mundo. Nunca ia imaginar que o TODO PODEROSO Estado Unidos deixassem ser atingidos em pleno coração de sua defesa (porquê o avião não foi abatido antes de se chocar com o pentágono?)

Ligamos o rádio do carro e, para aumentar minha já aterradora expressão, confirmamos a terrível história. Ainda havia piores desdobramentos: uma das torres gêmeas, um dos símbolos de Nova York, havia sido atingida também. 3ª GUERRA MUNDIAL! (foi a primeira coisa que pensei). Chegamos em casa e a televisão mostrava repeditamente as imagens do avião se chocando contra a torre e logo depois, com imagens mais horripilantes possíveis, o outro avião indo de contra a segunda torre. (pronto, agora F*&$%!)

Não consegui "desgrudar os olhos" daquelas imagens que ali passavam sob minhas retinas e continuava a não acreditar em tudo que estava acontecendo.

Não almocei nesse dia, passei a tarde toda em frente a televisão vendo todas as notícias possíveis sobre o acontecido e até hoje me pergunto: o que realmente aconteceu? Como gosto de teorias de conspiração, acredito que não descobriremos a verdadeira história por trás disso tudo.

P.S.: Gostei "tantu" desse meu comentário que vou reproduzi-lo como post no meu sítio particular, vulgo blog. =]

Maick Costa disse...

Eu ia fazer um comentário dizendo o que eu estava fazendo, mas me empolguei na narrativa e acabei fazendo um post que não coube aqui. Então coloquei aqui:

http://maickcosta.com/2010/09/11/1109/

Um pequeno "merchan" pode, né? =]

Tainá Aires disse...

Ahh... Eu também lembro. Estava indo para a escola, na condução da Tia Neuza. Só que, logo cedo, o comentário geral era de que tinham acertado a Estátua da Liberdade,não as Torres Gêmeas. O difícil foi fazer a gente estudar naquele dia, já que o que estava passando no rádio e na televisão era o que realmente importava.

Luiza Montenegro Duarte disse...

Eu estava entrando pra uma aula de Química, ainda na escola, e fui avisada por um amigo que já estava na faculdade e tinha as manhãs livres. Ele me mandou um torpedo e eu repassei a informação a alguns colegas e ao professor, na tentativa de que ele nos liberasse (haha). Ele pareceu não dar muita importância e eu ainda esperei angustiantes 50min para saber mais detalhes.
Tinha 16 anos e confesso que, na hora, não tive noção da gravidade daquilo; queria mais ver o burburinho na TV. Até que um jornalista disse exatamente o que você levanta nesse post: estávamos VIVENDO a história.

Tanto disse...

Pelo visto, re-afirmando a tese da Dona Amarilis, todos lembram bem do fatídico dia, heim? Vivemos história, assim como viveram os que lembram da morte do Kennedy. E nossos filhso... qual será o momento marcante do qual lembrarão?