sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Só sendo paraense para entender o texto!

"Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatás.Tava numa murrinha, mas criei coragem, peguei o Sacrabala e fui. Cheguei tarde e só tinha peixe dispré. O maninho que estava vendendo tinha uma teba de orelha do tamanho dum bonde. O gala-seca espirrou em cima do tamatá do moço, que tinha acabado de comprar, e no meu tembém. Ficou tudo cheio de bustela...Axiiiiiii, porcaria! Não é potoca, não. O dono do tamatá muquiou o orelha-de-nós-todos, mas malinou mesmo. Saí dalí e fui comer uma unha. Escolhi uma porruda! Mas égua, quase levei o farelo depois. Me deu um piriri. Também... parece leso, comprar unha no veropa. Comprei uns mexilhões, um cupu e um pirarucu muito firme, mas um pouco pitiú. Fui pra parada esperar o busão. Lá tinha duas pipira varejeira fazendo graça. Eu pensando com meus botões...Êeee, já quer... Mas, veio um Paar-Ceasa sequinho e elas entraram... Fiquei na roça, levei o farelo. O Sacrabala veio cheio e ainda começou a cair um toró: égua-muleke-tédoidé, pense no bonde lotado. No sacrabala lotado, com o vidro fechado por causa da chuva, começa aquele calor muito palha. Uma velha estava quase despombalecendo. Dai o velho que tava com ela gritou: arreda aí menino pra senhora sentar aí do teu lado. Eu só falei: Hmm, tá, cheiroso..."
Enviado pelo Adriano Diniz. 

2 comentários:

LoLLie disse...

HAIUHAUIHiuhauhAUhuihauIAHUahuIA...

primo,
muito bom, como de praxe!
tô me cagando de rir...

Carlos Sacramenta disse...

É toda a nossa caboquice num texto singelo e muito poético. Parabéns, gostei à bessa!