Na livraria-papelaria (e Belém já quase não tem mais livrarias!) procurei por uma caderneta telefônica, o incômodo que sinto a cada lembrar de que toda minha vida depende do celular, os números e datas que a memória já não comporta, a memória externa e artificial que acaba dominando a todos. Não conheço quem não use dessa forma, o não somente ligar a que todos acostumamos. E na enorme pilha cheia de desorganização, o tirar e por dos diversos modelos de agenda, cores e tamanhos diferentes, não havia nada do que queria. Pergunto à vendedora somente para escutar a resposta impertinente: Para que o senhor quer uma agenda telefônica?, o sorriso piedoso e eu, o besta, antiquado! No final mostrou-me dois modelos, um rosa, com flores, e um laranja, obviamente o escolhido. Agora preciso de tempo para, um por um, passar os contatos e buscar endereços, aniversários, histórias. Escrever em agenda telefônica tem técnica, sabiam? De preferência tudo de lápis, o mudar constante de números e moradas que proíbe rascunhos com canetas, a impossibilidade da borracha. Tudo isso pelo medo de perder o celular e minha vida toda se perder junto!
4 comentários:
kkkkk meu amigo, tu é ímpar mesmo.
Já ensaiei algumas vezes fazer o mesmo, mas me recusava, por N motivos.
Meu celular ta no conserto e não tenho nem meu nr decorado.
Enfim...
W
Antiquado, que nada! Mas realmente uma pessoa sem igual, que pensa em certas coisas que as pessoas já não estão mais preocupadas...Ou por falta de tempo, ou mesmo pq hoje em dia "já não é mais preciso", por existirem aparelhos cada vez mais sofisticados!
É até charmoso alguém com uma caderneta eheheh.
Beijos.
Tive uma agendinha telefonica uma vez, mas perdi e nunca mais comprei. Vu comprar outra. Adorei a lembrança.
O problema agora é criar coragem para passar tudo a limpo!
Postar um comentário