Auto entrevista marcada por forte carga emocional e lampejos psicodélicos provocados pelo sono e saudade devastadora (02h34min – 20 de janeiro de 2010).
- Então ela chega hoje?
- Sim, chega hoje, finalmente. Mas parece que tudo conspira contra, não é?
- É sim. E a grande conspiradora de hoje é a lei da Física que rege a chegada das filhas...
- Sim, conheço! Aquela lei que diz: quando um pai saudoso espera sua menininha, todos os vôos vem carregados de menininhas que correm e pulam igual à esperada, somente para confundir e dar lampejos de esperança a um pai cansado da ausência. Mas ao menos ela chegará!
- Sim, mas com um grande atraso. Acabo de falar com a mãe e soube que ainda estão em Brasília! Parece que houve uma forte tempestade em São Paulo e todo o sistema aéreo ficou congestionado. A mãe pediu até para verificares, não foi?
- Foi sim, mas não encontrei nada na internet. Vai ver é desculpa da empresa.
- E o que fazem? Dormem?
- Não, matam o tempo como podem. Maria, pelo que a mãe contou, joga no seu portátil e anda em círculos vendo vitrines e simulando compras. Sabes a que horas chegam?
- Chegam perto da seis da manhã. Voltei para casa, darei uma soneca e retornarei mais tarde.
- Ainda voltas ao aeroporto!?
- Sim, quero vê-la o quanto antes. A saudade aperta muito.
- Verdade, estou roxo de sentir falta dela.
- Bem, acho bom você dormir um pouco, nem que sejam alguns minutos.
- Verdade. Senão nem consegues acordar na hora marcada.
- Obrigado pela entrevista.
- De nada.
2 comentários:
Falando sozinho?
Ainda bem que ela chegou. já estavas ficando meio doido =)
Bocó.
É...só entende quem passa por isso, é realmente agoniante.
Mas o reencontro...não tem sentimento melhor no mundo, né?!
=*
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