sábado, 13 de abril de 2013

Braço forte, mão amiga (mas primeiro os meus)

O lema do exército brasileiro beira a perfeição de marketing - Braço forte, mão amiga. 
Obvio que o exército é necessário. Lógico que o exército cumpre com ações essenciais para o Estado, muitas vezes chegando onde ninguém chega ou quer chegar. Claro que o exército é cheio de homens e mulheres admiráveis - em sua esmagadora maioria, diria - mas, como em todo o local, há aqueles que destoam sem fazer esforço.

Hoje acontece no Theatro da Paz a apresentação da banda marcial da 8ª Região Militar. Evento fechado para convidados, segundo informação constante no site da casa. Então chegam caminhões do Exército, por volta de 16 horas de hoje, colocam cones e barreiras na Rua da Paz, dos dois lados do Theatro, e acabou o que era público.
Rua fechada, ninguém entra sem autorização dos militares. Somente estacionam ali, na rua, no local público, os convidados do evento - ou quem queiram os milicos. 
Nem mesmo é permito o trânsito normal de veículos. Os moradores do Centro, quase todos os prédios sem garagem, que procurem um local mais distante para estacionar seus carros, se sujeitando a todos os riscos que a cidade sem segurança fartamente oferece. Enquanto isso, a polícia do exército presta ostensiva vigilância ao poucos convidados que, na maior parte do tempo, ficarão apreciando o show dentro do teatro.
Ou seja: chegaram os senhores, tomaram conta do que é deles, e quem quiser chorar que chore noutra freguesia, pois aqui está dominado.

E haja regalia! Braço forte, mão amiga (mas primeiro os meus).

Um comentário:

Viajante75 disse...

Há pouco passei por ali e vi o circo, e, como apreciador de música, fui ao teatro perguntar se poderia assistir ao espetáculo, mas, mesmo com a casa semi vazia, o evento era fechado para a platéia exclusivíssima. Lamentável!