sábado, 31 de julho de 2010

Disk-Silêncio - Diz que serviço

Por volta de 16 horas de hoje (sábado) voltei para casa. 
Logo da frente do prédio pude escutar a festança que acontecia no quarto ou quinto andar. Neste ponto, acho importante lembrar que estou parcialmente surdo por conta do episódio da cera - mas mesmo assim escutei o grande barulho que se fazia. 
Pela distância não pude precisar o quão alto era o som, medição que só pude fazer do hall do elevador. Conclusão: estava realmente alto. Quando cheguei no meu andar, o sexto, o barulho era insuportável (e mais uma vez, não custa lembrar, estou parcialmente surdo). 
Tratei de procurar o telefone do Disk-Silêncio - serviço oferecido à população pela Delegacia do Meio Ambiente, DEMA, da Polícia Civil do Estado do Pará -, liguei e fui atendido pelo investigador Kleber. Solícito, me disse que logo passaria no prédio e resolveria a situação.
Eram 16:53.
Nenhum carro da polícia apareceu por aqui desde então. 
Por volta de 18:58, duas horas depois do primeiro telefonema, fiz nova ligação.
Desta vez atendeu o investigador Cláudio. Disse-me não saber nada da primeira reclamação, que o investigador Kleber não havia lhe passado nada, mas pegou os dados novamente e disse estar bem perto de casa, que logo viria. Disse também que verificaria a situação e perguntou pela síndica. Respondi que, obviamente, a síndica não havia feito nada ou os vizinhos se recusavam a desligar o som, e que eles eram minha última esperança em busca do silêncio, os vizinhos que festejavam com urros e uivos (isso mesmo, uivos!).
A viatura da DEMA chegou por volta de 19:02. Estacionou na frente do prédio e desceu um senhor que pressuponho ser o tal investigador Cláudio. Chamou o porteiro e conversou com ele por exatos 40 segundos. Foi justo tempo de o motorista da viatura fazer a volta na rua. Feita a manobra,  papo batido em pouco menos de um minuto, o investigador entrou na viatura e partiu.
São 20:45 e a situação é a mesma - som altíssimo, músicas estranhas, gritos raivosos, urros e uivos; palavrões e muita baderna. 
Um pouco antes de decidir escrever este texto, os tais vizinhos ligaram um karaoke e cantaram, seguidas vezes, a música "Poeira" da Ivete Sangalo. Devem ter cantado, no mínimo, umas oito vezes.
Não sei qual a verificação o investigador fez, nem sei o que conversou com o porteiro. Só sei que mais vale fazer coisa errada, fazer barulho e perturbar a vida dos outros, pois estes, pelo menos, não são incomodados.
E quem se incomoda com o barulho, eu ainda com o ouvido tampado a amenizar a baderna, que procure um canto quieto longe daqui. Eles ganharam, invadiram a nossa praia, e os incomodados que se mudem, não é?

2 comentários:

Luiza Montenegro Duarte disse...

Ah, Fernando, nesse país e, especialmente nessa cidade, quem está errado sempre ganha. O edifício em frente ao meu tem um gerador ensurdecedor, a ponto de eu preferir que falte luz no meu prédio do que no deles (ou seja, melhor ficar sem luz do que ficar sem paz!). Já fizemos várias queixas à DEMA, que constatou que deveria ser instalado um sistema de isolamento acústico ali e até hoje, mais de cinco anos depois, nada foi feito.

Tanto disse...

Que absurdo... eu poderia dizer para vocês procurarem a via judicial. Mas acho injusto te sugerir algo que vai durar uns 10 anos (e ainda corres grande risco de perder ao final).