E-mail que Maria me enviou, minha filha de 09 anos, na segunda-feira, 17 de maio de 2010, dois dias depois do assalto relatado abaixo e assistido por ela, graças a Deus, de longe.
Papai. Estou traumatizada com o assalto de anteontem, morrendo de medo disso. Agora eu faço tudo em lugares "desestranhos". Ontem, quando vim pra casa com o tio rodrigo da mamãe, pedi pra entrar na garagem por causa do medinho de assalto relampago, sequestro. Desculpe por falar isso, sei que ainda está com medo de sair a noite ou algo assim. Mas quero desabafar meu medo de ontem. Eu chorei até ficar rouca de chorar. Quando você chegou, eu corri o mais rápido que eu podia. Te amo.
Beijos.
2 comentários:
Meu neném!!!Que triste! Como dizer explicar isso para a Maria? Orientada por mim, antes mesmo do sequestro, já andava as pressas para o carro em qualqeur lugar que estivessemos. Sempre disse p/ não "bobearmos" dentro do carro parado à espera de alguém. Para sempre ficarmos atentos. Apesar de tudo isso, nunca quis causar pânico. Situação de eterno desespero. Porque assim não se vive. Sempre disse a ela para acreditarmos nesse mundo aí, que, ao meu ver, tem (tinha?) chance. O que dizer agora diante da cena do pai, que mostra a nossa dura realidade: de que tudo está cada vez pior? Priscilla.
O e-mail da Maria me deixou triste e feliz - triste, obviamente, pelo fato que ela viveu, pela dor que ela teve e pelo medo que ela tem. Feliz, por notar que a pequena, com nove anos, escreve muito bem.
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