Esses são trechos de reportagem publicada no Le Monde, de autoria do correspondente em Santo Domingo, Jean-Michel Caroit. Pelo visto, as coisas no Haiti nunca deixam de ser urgentes:
Foto de Ramon Espinosa
"Três meses depois do tremor de terra que fez mais de 220 000 mortos no Haiti, o relocamento de centenas de milhares de desabrigados constitui a principal derrota do governo e das organizações humanitárias internacionais. Breves mais intensas, tempestades tropicais transformaram os campos improvisados em atoleiros na semana passada. Tendas foram levadas para o terreno de golfe do Pétionville Club, onde se instalaram 70 000 desabrigados, no subúrbio de Por-au-Prince. As chuvas vão se intensificar no curso das semanas que virão. Os meteorologistas da Universidade do Estado do Colorado (Estados Unidos) anunciaram uma temporada de ciclones ativa a partir de junho. Noticiadas pelas rádios haitianas, essas previsões anunciam quinze tempestades tropicais e quatro furacões maiores na região do caribe. A Organização Meteorológica Mundial se esforça para reconstruir um sistema de vigilância e alerta. 'A chegada da estação de chuvas constitui a inquietude principal, pois elas vão deteriorar as condições sanitárias', explica a ONG Ação contra a fome. (...) Traumatizados e temendo novas réplicas, a maior parte dos habitantes se recusa a retornar para suas casas. Outros preferem permanecer nos campos para se beneficiar da distribuição de alimentos e dos cuidados que lá são dispensados. Para descongestionar os campos da capital, as autoridades incentivam os desabrigados a procurar refúgio na casa de parentes e amigos."
2 comentários:
Vi um programa da Globo que falava um pouco sobre isso! Um povo muito sofrido!
Um povo que não pára de sofrer.
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