sábado, 31 de julho de 2010
Disk-Silêncio - Diz que serviço
Insônia
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Utilidade Pública
Reflexões de fim de verão
- Acho que foi o Anderson Araujo que fez a seguinte proposta: aproveitar enquanto os veranistas estão fora, nos finais de semana de julho, e mudar Belém de lugar. Assim, quando eles voltassem, só encontrariam o buraco do que foi, um dia, a cidade. Eles ficam com o buraco e nós, felizes, ficamos com a cidade vazia e tranqüila desses fáceis sábados e domingos de julho.
- A próxima sugestão, juro não lembrar quem fez. É mais ou menos assim: As praias estão cheias de gente bronzeada, as ruas lotadas e a música pode ser escutada de qualquer canto. A badalação não pára e a paquera rola solta. As festas não têm hora para começar e terminar, carros e motos a lotar todas as ruas. Resumo: aproveite e mantenha distância. Fique em Belém.
- Também não sei quem foi o autor deste comentário: foi resolvido o problema de trânsito de Belém! – e de uma forma bem simples – fica definida a mudança compulsória de residência dos motoristas de final de semana. Ou seja: foi para Salinas? Então não volta mais para Belém e fica em Salinas de vez; e se a opção foi Mosqueiro, fica em Mosqueiro e não volta mais para a cidade. E nunca mais teremos problema com o trânsito por essas bandas.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Ensaio sobre a surdez
terça-feira, 27 de julho de 2010
Abaetetuba n.º 4
Enquete: Eleições/2010
Desculpe por esse tipo de post: tenho escutado muito a "Banda os Broder, a maior referência em Melody".
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Melhor que seja Fiuk
Ponderação
domingo, 25 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Evolução do ensino de matemática
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Uma foto n.º 9

terça-feira, 20 de julho de 2010
Mulher condenada à morte por lapidação
Ezhder Sharifi disse também que Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada à morte em conexão com o assassinato do marido, mas isso foi questionado por um dos advogados dela, que afirma que ela tinha sido indultada pela família do morto, mas foi condenada a 10 anos de prisão como “cúmplice” do crime.
Em 14 de julho, Sajjad Qaderzadeh, filho de Sakineh Mohammadi Ashtiani, foi chamado à prisão central de Tabriz. Acredita-se que foi interrogado por oficiais do Ministério da Inteligência que presumivelmente o advertiram a não dar mais entrevistas sobre o caso da mãe.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Abaetetuba n.º 2
domingo, 18 de julho de 2010
Domingo de eleição no Brasil
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Mulheres de Belém - Maria Odete

terça-feira, 13 de julho de 2010
Abaetetuba n.º 1
Palavra do Dia n.º 32
Inépcia
s.f.
1. Falta de inteligência.
2. Tolicie; absurdo.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Direto de Portugal III
Mais uma da minha correspondente em Lisboa:
FernandoComo podes ver, se por um lado os funcionários do Café "A Brasileira", do Chiado, reclamam dos maltratos, por outro lado, outros se preocupam com os passarinhos e com os animais que na rua podem não ter onde matar a sede. Na placa sobre a fonte está escrito, "O homem deve ser piedoso e humano para com os animais", o "piedoso" está um pouco apagado. É uma extensão daquela frase, "amar o próximo como a si mesmo".BeijoMaria Regina
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Direto de Portugal II
Os garçons e funcionários do Café A Brasileira, do Chiado, o café onde Fernando Pessoa está permanentemente sentado em sua estátua de bronze, protestando contra os maltratos e baixos salários, na manifestação de hoje da Central Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP).
Auto conhecimento
quinta-feira, 8 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
Abandono

Eu e o Wagner Mello flagramos e fotografamos a ocupação por volta de 17 horas. Pudemos contar quase oito pessoas que usavam as sepulturas como cama - sem contar a capela principal, linda, que era usada como centro recreativo e outras coisas mais. Infelizmente a capela se torna inacessível, assim como o cemitério inteiro, os elementos que aterrorizam qualquer um que ouse andar por aquelas paragens sem a devida segurança. Pena de quem não pode ver as obras de arte ali expostas, museu a céu aberto. Mas pena mesmo sinto de quem teve um dos seus ali enterrados, imensa miséria de não poder visitá-los na última morada.
p.s.: Não posso negar que nós dois, ao descer do carro e perceber a estranha movimentação, ficamos com medo e receosos, o Wagner com a sua câmera nas mãos a servir de perfeita isca aos bandidos, os dois prontos para correr a qualquer risco. Mas nada aconteceu e as fotos sempre valem o risco.
O tempo em Belém

segunda-feira, 5 de julho de 2010
Nossa praga pessoal
Logo que nos mudamos, fomos obrigados a travar uma guerra inglória com exército eficaz e silencioso, verdadeira praga que parecia estar por todos os cantos, escondida, pronta a se aproveitar de qualquer erro para obter mais um vitória: as formigas.
Tal qual guerrilheiros, elas apareciam aos montes por qualquer gotinha de leite esquecida, um bago de arroz indevidamente caído ou embalagem mal fechada. Foram capazes mesmo, as malditas, de furar um saco de presentes e a caixa de chocolates que tínhamos trazido de viagem para um amigo, sem falar de pacotes de miojo e chá, tudo muito rápido e a nos causar a mais completa perplexidade.
O pior de tudo é que moramos em prédio, no sexto e último andar, a lonjura de quintais ou lugares que podiam ser o habitat das pequenas, nós que nos sentíamos como dois cegos em meio àquela guerra.
Pensamos no extremo, fechar as portas e janelas, chamar empresa de dedetização e passar uns dias fora, medida cruel e devastadora tal qual Hiroshima e Nagasagui, ainda mais diante do derradeiro capítulo vivido: certa noite, após um delicioso jantar, Tainá decidiu que não lavaria a louça naquele momento, que deixaria o serviço para o dia seguinte, e se pôs a raspar pratos e panelas, encher de água com detergente tudo que pudesse atrai-las e tudo ficou empilhado na pia. Tainá foi dormir e eu fiquei, vendo filme ou lendo, não sei. Só sei que, quando fui dormir, ao passar pela pia, verdadeiro formigueiro tinha se instalado, elas que vinham de todos os lugares para comer algo qualquer, uma borda esquecida à esponja, tudo em enorme caos.
E assim me vi, duas da manhã, travando batalha com venenos e líquidos mil, formigas pretas – grandes e com um ferrão inclemente - e marrons – pequeninas e sem ferrão, mas sempre em maior quantidade. A batalha de limpeza e morte durou até quase três da manhã. E não sei bem o que fiz, nem se fiz algo, mas desde então as desgraçadas sumiram por completo.
Da mesma forma que apareceram elas sumiram, partida fervorosamente festejada, mesmo que não entendida. No prédio, que eu saiba, nada foi feito para por fim a pragas quaisquer, e a luta travada foi simples, igual aos outros dias.
A única diferença foi ter espirrado bastante veneno pelos lados do fogão, que fica em um nicho no balcão, coisa que não me lembro de ter feito antes. Mas isso, por si só, não seria capaz de acabar com a praga – o lugar é hermeticamente fechado e não teria como elas chegarem por lá. Da mesma forma, pela quantidade de bichos e pela continuidade, o nicho não apresenta espaço suficiente para que elas tivessem feito seu formigueiro por ali. Mais – dias antes, ao perceber a movimentação que vinha pelo lado do fogão, cheguei a tirá-lo todo e nada de estranho percebi.
O fato é que elas sumiram, exterminadas ou não, e já completamos uma semana livres. Fizemos até testes, aos poucos, copos sujos de suco ou embalagens abertas, já vazias, tudo devidamente largado, displicentemente, sobre o balcão.
Ontem foi a verificação suprema: depois do jantar, larguei a louça no estado que estava na pia, só uma rápida raspada dos pedaços sólidos. Fui ver filmes e, horas depois, nem uma mísera formiguinha passeava pelas peças sujas na pia. E se este não é um mistério capaz de abalar o mundo, podem ter certeza que abalou o meu e da Tainá de forma enorme, nós que agora, livres, ficamos diariamente encucados e nos questionando sobre o misterioso sumiço de nossas formigas, penetras em nossa vida.